Natureza é a condição do universo, e tudo o que o nele habita é natural dele.
Posto isto, temos mitos e arquétipos que convidam ao trabalho de natureza mais ou menos civilizacional e da natureza mais ou menos selvagem. Ambas são naturais quer no nosso plano quer nos outros e a aceitarmos o convite de trabalharmos com as chaves de conhecimento que nos disponibilizam, os mistérios são revelados e a nossa natureza expande-se para os manifestar.
A condição da natureza também pode ser observada nas próprias concepções dos Deuses e do Divino, e esse padrão reflecte-se, por exemplo, nas narrativas de Deuses de cara voltada para a natureza da civilização e Deuses de cara voltada para a natureza selvagem.
Desta forma, assumimos Deuses que nos abrem portas para o conhecimento da natureza da civilização, e Deuses que nos abrem portas para o conhecimento da natureza selvagem.
Então, se os Mistérios são fenómenos naturais e a concepção de Divino e Deuses parte também da condição da Natureza como absoluta, toda a viagem iniciática que é a experiência da vida, nos coloca no plano de contacto com estes fenómenos e realidade.
E se há contacto, há caminho, porque o mistério é tão natural como a morte a vida, o apogeu e o declínio, porque o todo é maior do que a soma das partes e nós somos deste todo.
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